E
depois deste interregno de greve nas palavras, cá estou de novo numa tentativa
de encurtar a distância que nos separa.
A
ausência significa, boa parte das vezes, que fiquei imobilizada nos meus
trilhos cognitivos, o que não é necessariamente mau. Ás vezes há viagens pela
“floresta” que ninguém pode fazer por nós.
J
Também
é preciso parar, refletir, respirar, escutar o coração e seguir...por onde ele
nos levar! Foi nessa escuta que andei, foi nesse processo, foi nessa viagem.
Confesso
que nem sempre foi fácil, mas a adversidade também é necessária ao crescimento.
É ela que nos força a desacelerar na estrada da vida, que nos permite observar os caminhos que se bifurcam, as
alternativas que nos surgem e as possibilidades de que disponibilizamos para ir
para o sítio onde realmente queremos chegar. Não tenho vontade de celebrar o
valor do sofrimento, de o recomendar, mas tenho plena noção que
é na adversidade que nos superamos e que muitas vezes, a mudança acontece.
Enquanto
revia vias moduladoras da dor, opiáceos endógenos e trinta por uma linha
perguntava-me se não haveria uma via que controla a dor da alma. Aquela que
corre por sulcos, regos e circunvoluções, que vem por ali a baixo e estrangula
o coração. Rapidamente me respondi que
não. A vida é para ser vivida e eu não sei viver sem sentir dessa forma. Afinal, precisamos de bom material para
escrever uma boa história e tudo isso permite enriquecer os capítulos ;)
Questiono-me
sobre o porquê das coisas muitas vezes. Procuro respostas que não encontro e
motivos que não existem... As coisas acontecem porque tinham que acontecer e
têm um motivo sim, mas que aparece muitas vezes, desfasado no tempo. Sei que
aconteceu porque não podia ser de outra forma. Sei e pronto. Chega-me saber.
Senti-me
perdida algumas vezes mas o importante é reencontrar-me sempre e faço-o com um
sorriso porque sinto que não me falho naquilo em que acredito, nas minhas
crenças, nos meus valores, nos meus
princípios e naquilo que me move nesta caminhada. É essa genuidade que me continua a deixar
segura e optimista no percurso. E é isso
que me permite permanecer com a confiança de confiar.
Hoje
é assim que escrevo porque não me apetece escrever de outra forma.
E
estou feliz, sim!
E é dessa forma que vos abraço, feliz... com
saudade...
Rita
Um beijinho apertado!
ResponderEliminarGosto tanto de ti! *
ResponderEliminarÉ muito bom ler-te*
ResponderEliminarEscreves muito bem Ritinha!! Gosto de te ler e de te sentir perto, mesmo longe!!! beijinhos
ResponderEliminarGosto muito do texto...e da foto. O fotógrafo esteve muito bem. Temos saudades tuas.Beijinhos.
ResponderEliminar